Trump tentou tomar volante do carro presidencial para se juntar a invasores do Capitólio; as revelações do depoimento de ex-assessora - BBC News Brasil
A ex-assessora da Casa Branca Cassidy Hutchinson, em depoimento no Congresso sobre invasão do Capitólio.Donald Trump sabia que seus apoiadores estava armados quando os incentivou em discurso a marchar até o Congresso dos Estados Unidos, em 6 de janeiro de 2021, no episódio que terminou com a invasão do Capitólio e cinco mortes.Segundo Hutchinson, tanto Trump quanto seus auxiliares mais próximos estavam cientes do potencial violento daquela manifestação marcada para acontecer na capital americana, na qual Trump pretendia repetir suas acusações - sem provas - de que as eleições presidenciais de 2020 tinham sido fraudadas e que ele, não o democrata Joe Biden, seria o real presidente eleito do país.Segundo Hutchinson, o advogado de Trump, Rudy Giuliani, disse à ela que o evento tinha o objetivo de fazer Trump "parecer poderoso".De acordo com o relato dela, Trump estava ciente de que os manifestantes estavam armados e deu ordens explícitas para que eles não fossem barrados por isso.E sua resposta foi dizer que eles poderiam marchar para o Capitólio: 'Leve os detectores de metal embora, eles (os manifestantes) não estão aqui para me machucar.
Depois que o comício acabar, eles podem marchar para o Capitólio'", relata a assessora.
Ainda segundo Hutchinson, o próprio Trump pretendia se juntar à multidão que marchava para o Capitólio após o fim de seu discurso."(O agente do serviço secreto) disse a ele (Trump): 'não vamos (ao Capitólio), não é seguro, estamos voltando para a ala oeste (da Casa Branca)'.Estamos voltando para a ala oeste.
A comissão então divulgou o que seriam mensagens de interlocutores do ex-presidente a pessoas que dariam depoimentos à comissão para dizer que Trump estaria "pensando" nela, sabia que o depoente era "leal" e que ele "leria as transcrições dos depoimentos"